A camisaria catarinense Dudalina a cada dia que
passa ganha mais espaço no mercado de moda brasileiro. No entanto, com seis
fábricas, mais de 86 lojas abertas no País e prestes a inaugurar a segunda
unidade no exterior, o sucesso da companhia entre os brasileiros também trouxe
uma consequência negativa. A Dudalina, usada por personalidades e apresentadores
de TV, é hoje a marca de moda nacional mais pirateada no comércio popular do
País.
A empresa, dirigida por Sônia Hess, já desembolsa em torno de R$ 1,2 milhão por ano para combater a falsificação do seu produto, que se tornou sonho de consumo de uma classe consumidora que não tem condições de pagar a média de R$ 320 por uma camisa. No mercado da pirataria, as mesmas peças saem por preços que variam de R$ 50 a R$ 100, é possível comprar seis cópias com o valor pago por uma peça legítima. “Não tenha dúvida, nenhum consumidor é enganado. As pessoas sabem que têm um produto falsificado absurdamente mal feito, de baixa qualidade e extremo mau gosto”, diz Rui Hess, diretor de varejo da Dudalina, sobre quem compra as chamadas “réplicas”.
Segundo o executivo, conseguir apoio das autoridades é justamente o maior desafio na trajetória contra a pirataria têxtil. Hess diz que já soube de casos em que o juiz deu ganho de causa ao contraventor pela condição social em que ele "estava inserido na sociedade", condenando a empresa que teve seus produtos falsificados. “Esse é o estado da justiça no Brasil. É uma coisa que foge a qualquer condição de bom senso. Nós temos de lutar apesar disso, mas é uma situação extremamente ruim”, comenta.
Sem o apoio necessário do governo para a guerra que travaram contra a pirataria, a empresa decidiu aplicar nas etiquetas de seus produtos uma marca de segurança. Trata-se de uma linha holográfica que não pode ser copiada (segundo a direção da camisaria). A proposta é que o consumidor pegue o produto e consiga identificar se trata-se de uma peça original ou pirata.
Sobre a Dudalina ter se tornado uma marca de desejo e, por isso, alvo preferido da pirataria, Rui Hess lamenta: “Sentimo-nos extremamente desconfortáveis com o fato, porque de certa forma incentivamos involuntariamente este esquema de falsificação que agora temos que desmantelar. Estamos muito mais angustiados por alimentar um esquema desses do que lisonjeados por ser um produto de desejo”, finaliza o diretor.
A empresa, dirigida por Sônia Hess, já desembolsa em torno de R$ 1,2 milhão por ano para combater a falsificação do seu produto, que se tornou sonho de consumo de uma classe consumidora que não tem condições de pagar a média de R$ 320 por uma camisa. No mercado da pirataria, as mesmas peças saem por preços que variam de R$ 50 a R$ 100, é possível comprar seis cópias com o valor pago por uma peça legítima. “Não tenha dúvida, nenhum consumidor é enganado. As pessoas sabem que têm um produto falsificado absurdamente mal feito, de baixa qualidade e extremo mau gosto”, diz Rui Hess, diretor de varejo da Dudalina, sobre quem compra as chamadas “réplicas”.
Na tentativa de eliminar os produtos
ilegais, que são fabricados tanto no País quanto em países asiáticos e
latino-americanos, a empresa contratou escritórios de advocacia no Brasil, Peru
e Paraguai, além de investigadores para desmantelar o processo. “Montamos uma
estrutura absurda. Temos uma equipe que cuida somente de internet. Eliminamos,
aproximadamente, 100 sites irregulares por dia”, conta Rui Hess. Nas ruas,
segundo o diretor, as apreensões diárias variam de 300 a 3.500 peças entre os
distribuidores e ambulantes.
Apesar de todo o esforço, a camisa falsificada da
Dudalina é hoje o produto têxtil com maior demanda nos camelôs e stands do
comércio popular, segundo os próprios vendedores. Basta passar pelas
proximidades da Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, para que você seja
laçado por um desses agentes. De pé, com um pequeno álbum nas mãos, oferecem os
produtos das fotografias.
O preço é mais alto do que o praticado em
outros endereços, como no Bom Retiro ou no Brás, onde praticamente se tropeça
nas pilhas de camisas da Dudalina. Os camelôs esparramam as peças falsificadas
com a marca Dudalina pelas calçadas das ruas principais desses dois centros de
comércio popular.
As mulheres são as que mais compram
nesses endereços paulistanos , seja para o próprio uso ou para revender no
interior de São Paulo e em outros Estados. Se o modelo estiver em falta, o
camelô rapidamente dá um cartão de visitas ao interressado e orienta para que
entre em contato por telefone. Ao sinal de fiscalização, as mercadorias são
enroladas em panos e seus donos desaparecem por ruas estreitas ou galerias.
Passado o perigo, volta a invasão de Dudalina , as cópias são bem cuidadas, com
etiquetas bordadas, e até os sacos onde as peças são guardadas têm a logomarca
da empresa.
Para o diretor de varejo da Dudalina, o comércio
grande e escancarado de produtos de piratas se beneficia da fraca atuação do
governo no combate ao delito. “A ação é limitada, quase que incentivadora da
ilegalidade. Na prefeitura de São Paulo chega a ser um absurdo a intenção
declarada à informalidade”, observa Rui Hess. O executivo alerta para as
consequências deste tipo de comércio. “Isso reflete proporcionalmente na
violência da cidade. A 25 de Março é um processo vergonhoso no País. Não há o
que fazer. O governo da cidade simplesmente ignora os apelos da legalidade”, diz
Hess.Segundo o executivo, conseguir apoio das autoridades é justamente o maior desafio na trajetória contra a pirataria têxtil. Hess diz que já soube de casos em que o juiz deu ganho de causa ao contraventor pela condição social em que ele "estava inserido na sociedade", condenando a empresa que teve seus produtos falsificados. “Esse é o estado da justiça no Brasil. É uma coisa que foge a qualquer condição de bom senso. Nós temos de lutar apesar disso, mas é uma situação extremamente ruim”, comenta.
Sem o apoio necessário do governo para a guerra que travaram contra a pirataria, a empresa decidiu aplicar nas etiquetas de seus produtos uma marca de segurança. Trata-se de uma linha holográfica que não pode ser copiada (segundo a direção da camisaria). A proposta é que o consumidor pegue o produto e consiga identificar se trata-se de uma peça original ou pirata.
Sobre a Dudalina ter se tornado uma marca de desejo e, por isso, alvo preferido da pirataria, Rui Hess lamenta: “Sentimo-nos extremamente desconfortáveis com o fato, porque de certa forma incentivamos involuntariamente este esquema de falsificação que agora temos que desmantelar. Estamos muito mais angustiados por alimentar um esquema desses do que lisonjeados por ser um produto de desejo”, finaliza o diretor.
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