A Maçonaria é uma Associação de caráter universal,cujos membros cultivam a filantropia, justiça social, aclassismo, humanidade, os princípios da liberdade, democracia e igualdade, aperfeiçoamento intelectual e fraternidade, é assim uma associação iniciática, filosófica, filantrópica e educativa. Os maçons estruturam-se e reúnem-se em Lojas, "todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si."A maçonaria, tal como a conhecemos hoje, "foi fundada em 24 de junho de 1717, em Londres". O termo maçon, provém do inglês mason e do francês maçon, que quer dizer 'pedreiro'. Não sou maçon. Tenho pessoa próxima à mim, de reconhecido valor, que o é. De longe, aprendemos a respeitá–la.
Talvez em razão da névoa de mistério que envolve as suas atividades e as restrições para o ingresso na reservada e seletiva Associação? Como se faz? Como se ingressa?
Sabemos, por ouvir falar, de seus regulamentos, cerimoniais, hierarquias e trajes que denotam antes seriedade do que pompa, antes compromissos e juramentos, do que acordos e acertos.
Propositadamente, quase às escondidas, os maçons primam pelo anonimato, entendamos: não por agirem à margem da lei e das convenções, mas por hábito, pela força de suas tradições. De pronto, num contexto em que a maioria das pessoas disputa a tapas seus quinze minutos de glória, até pela autoria das maiores barbaridades, eles merecem, pelo seu comedimento nas atitudes e pensamentos, no mínimo, a nossa atenção.
Olimpicamente, mas em surdina, cumprem eles suas missões. Sem alarde, dedicam-se ao que fazem através dos séculos, pois seus membros cultivam os mais nobres ideais.Os maçons estruturam-se e reúnem-se em células autónomas, designadas por oficinas, ateliers ou (como são mais conhecidas e corretamente designadas) Lojas, "todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si", abrigando empresários, profissionais liberais, militares e cidadãos.
Nada mais natural, conforme reza o bom senso, que prestemos atenção quando a Maçonaria se pronuncia.
Não somos, e certamente os maçons também não, a consciência nacional, entretanto, ficaremos roucos de tanto denunciar e vaticinar que o despreocupado povo brasileiro não ficará impune às suas inconsequentes escolhas nas próximas eleições.
Aos maçons, convidamos, não para o banquete da vitória, mas para a árdua luta de despertar uma sociedade alienada e amorfa.
Que o nosso desconforto, nosso alerta, pouco a pouco conscientize os cidadãos de bem, aos indivíduos responsáveis e que eles despertem de seu marasmo, e não se limitem à cômoda posição de meros espectadores do descalabro, das ignominias, das corrupções e da falta total de pudor e de vergonha que assolam à Nação.
Conclamamos para a adoção da denúncia, pela indignação, pela perseverança, pelo esclarecimento, pela pressão, pelo alerta constante, esperando que o clamor seja tão ensurdecedor, que mesmo o patife mais surdo, não possa deixar de ouvir.
Fujamos da aquiescência e do comodismo que embotam as mentes, e tenhamos a convicção de que o errado, o ilícito, a mentira e a trapaça não podem ser aceitos, mesmo que praticados, apregoadas e admitidos como naturais por alguns parlamentares.
Não interessam aos indivíduos de bem, a desvirtuação dos costumes, a deterioração do caráter, práticas que tornaram–se a bandeira para o desmantelamento da sociedade brasileira, e que são praticados acintosamente e explicitamente por estes mesmos parlamentares.
Nos manifestos maçons temos encontrado idêntico desprezo às praticas nocivas à democracia e, por isso, saudamos com vigor e admiração a coragem e a determinação das Lojas desta respeitável Associação.
Felizmente nos cidadãos, não estamos sós.
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