Estigmatizar Cuba é de extrema ignorância!

Estigmatizar Cuba como um país miserável é uma falácia, e de extrema ignorância.

Em visita ao país caribenho constata-se que o país-símbolo da Revolução Cubana se depara com transformações. A pequena ilha está inquieta. A abertura econômica está mudando um país pequeno em território, mas grande em importância no cenário político internacional.

Quais os anseios desse povo que sabe que a igualdade é condição para o exercício pleno da liberdade? Quais seus desejos? Não pensem os incautos que o povo cubano é submisso, desgostoso com a vida, inimigo de seu governo ou infeliz. Ao contrário, é sabedor de sua história, de seus valores e suas conquistas. Lá há ausência de gente de feitio servil, subserviente.

Estigmatizar Cuba como um país miserável é uma falácia, e de extrema ignorância. Alimentada pela grande imprensa que pouca educa, Cuba é alvo de uma série de preconceitos.

O criminoso embargo cometido contra a sociedade cubana é injustificável. Há carestia e pobreza, sem dúvida. Mas mesmo assim a famosa frase que corre o mundo é verdadeira:“Hoje, 200 milhões de crianças vão dormir nas ruas das grandes cidades do mundo. Nenhuma delas é cubana”. Tampouco alguém passa fome. Nesse contexto, tudo é valorizado. Não se compra o que não se precisa.

E não se pode negar as grandes conquistas da Revolução, principalmente no que tange à saúde, à reforma agrária e ao sistema educacional.

Mesmo sendo um país pobre, em Cuba todos têm direitos fundamentais socialmente assegurados: alimentação, saúde e educação. Até pouco tempo atrás 93% de sua população possuía nível universitário. Agora são 87%, pois o governo está priorizando as escolas técnicas (nível médio). Não há analfabetismo em Cuba. Conseqüentemente, é um país com poucos assaltos, sem violência (inclusive a doméstica), poucas prisões, poucos presos. Um país sem armas.

Não dá para comparar um país socialista a um país capitalista. Ainda mais esse país, ilhado e bloqueado. Um olhar sobre a história da economia cubana demonstra que mesmo com os embargos, o turismo em Cuba está aumentado. No primeiro trimestre houve mais de 1,24 milhão de visitantes. Nas riquezas naturais agora se sobressai o níquel.

Percebe-se a diferença entre gerações: enquanto os mais velhos estão um tanto receosos pelas mudanças, os mais jovens estão mais ávidos por elas. Por outro lado, evitar-se-á o desejo de muitos jovens em sair do país.

Cuba dificulta (não proíbe) a saída de cidadãos porque, de outra forma, sua mão-de-obra mais qualificada sairia do país em busca de melhores salários. Haveria uma fuga em massa de médicos, engenheiros, professores, já que possuem emprego em qualquer lugar do mundo, tendo em vista a excelência da saúde e educação que o governo lhes deu em toda a vida.

Qual o socialismo possível? Em Cuba este modelo de sociedade, é a prova de que o desenvolvimento é possível fora dos ditames do mundo capitalista.

Que o povo cubano possa aproveitar as mudanças preconizadas para melhorar sua situação econômica sem perder os níveis de educação, soberania e autonomia administrativa. Que não se deixem levar pelo consumismo fútil.

Aos turistas, recomenda-se, entre Miami, Las Vegas ou Orlando, não tenha dúvida: visite CUBA.

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