Médicos suspendem atendimento a planos de saúde!!!


Médicos de ao menos 18 Estados suspendem o atendimento a pacientes de planos de saúde a partir desta quarta-feira (10/10/2012). Esta é a quarta paralisação anunciada pela categoria em dois anos. De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), serão suspensas apenas consultas e cirurgias eletivas – serviços de urgência e emergência não serão afetados.
A paralisação será contra todas as operadoras de saúde suplementar apenas em parte dos Estados, como Acre, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia e Sergipe.
Em outros Estados, o protesto vai atingir apenas operadoras de planos locais. É o caso de Bahia, Goiás, Maranhão, Pernambuco, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Há, ainda, algumas unidades que ainda farão assembleias para decidir pelo movimento, como Rio de Janeiro, Paraíba e Espírito Santo.
Em cada local, o movimento tem uma duração específica. A paralisação mais longa está prevista para Sergipe, marcada para o período entre 10 e 25 de outubro. Já no Maranhão, deve ocorrer até o dia 24.
Em São Paulo, o movimento afetará as seguintes operadoras: Green Line, Intermédica, Itálica, Metrópole, Prevent Sênior, Santa Amália, São Cristovão, Seisa, Trasmontano e Universal. Hoje e no dia 18, todos os médicos devem participar. Entre os dias 11 e 17, os profissionais aderem de acordo com a especialidade.No dia 11 serão afetadas as áreas de ginecologia e obstetrícia, anestesiologia e cardiologia; dia 15, endocrinologia, cirurgia de cabeça e pescoço, e pneumologia; no dia 16, ortopedia e traumatologia, angiologia, cirurgia vascular e medicina do esporte; e no dia 17, endoscopia, dermatologia e alergia, e imunologia.
O mês do médico será marcado pelo posicionamento firme da classe em busca da valorização de seu trabalho, sempre em prol do atendimento de qualidade aos pacientes, destacou o representante do orgão de classe.
Em São Paulo, a pauta de reivindicações inclui o aumento do valor da consulta para R$ 80, a atualização dos valores cobrados pelos procedimentos conforme a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos.
Além do reajuste de honorários de consultas e outros procedimentos, a pauta de reivindicações inclui a inserção, em contrato, dos critérios de reajuste, com índices definidos e periodicidade e o fim da intervenção dos planos na relação médico-paciente.
De acordo com a entidade médica, as receitas dos planos de saúde no Brasil crescem, em média, 14% ao ano, mas o reajuste não é passado aos médicos. Segundo ele, o valor pago por consulta realizada já chegou a representar 40% dos gastos pelas operadoras, mas atualmente fica entre 14% e 18%.
Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) indicam que, entre 2003 e 2011, a receita das operadoras cresceu 192%, enquanto o valor médio pago por consulta aumentou 65%. Cálculos da própria categoria, entretanto, indicam que o reajuste foi 50%.

Comentários