Conselho Federal de Medicina condena práticas da medicina antienvelhecimento!

Um parecer divulgado dia 06/08/2012 pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) condenou o uso de hormônios para tentar atrasar o envelhecimento.
A prática, conhecida como antienvelhecimento ou "antiaging", envolve a oferta de hormônios a pacientes que têm níveis dessas substâncias normais para sua idade.
A ideia é que, junto com vitaminas e antioxidantes, a dose extra desses hormônios estimule o organismo a responder como fazia no passado, por exemplo recompondo massa muscular perdida.

Entre os hormônios usados com esse fim estão o do crescimento, a melatonina e o cortisol. Em alguns casos, são oferecidos hormônios "bioidênticos", com estrutura igual ao do hormônio natural e que seriam menos danosos.
Para o conselho, não há comprovação de vantagens da prática, usada de forma crescente tanto por jovens adultos quanto por idosos.
"Não temos evidências de que o uso desses hormônios em pacientes normais, para modulação do envelhecimento, tem base científica, mas temos o indicativo de que causam malefícios à saúde", afirmou o membro da câmara técnica de geriatria do CFM.
Os risco vão de efeitos colaterais simples até o desenvolvimento de doenças graves, como câncer, diz o 1º vice-presidente do CFM. Para ele, a prática é "propaganda enganosa".
A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia tem visão semelhante."Não existe, à luz da ciência atual, nenhuma maneira de retardar o envelhecimento com administração de substâncias", diz o diretor da Sociedade.
Nos próximos meses, o Conselho Federal de Medicina deve aprovar uma resolução proibindo a prática hormonal do antienvelhecimento. Indiretamente, ela já é desaconselhada hoje pelo Código de Ética Médica, que proíbe a prática de técnicas sem comprovação científica.Mas,mesmo assim nos últimos quatro anos, cinco médicos foram cassados por essa prática ilicíta.

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