Oscar de melhor filme 2012: O Artista - Trailer Legendado



"O Artista" ganha cinco prêmios no Oscar 2012

 

O Artista sagrou-se como produção do ano e venceu o prêmio de melhor filme do Oscar 2012. O filme francês ficou com cinco estatuetas, venceu também nas categorias artísticas, como melhor direção (Michel Hazanavicius) e ator (Jean Dujardin), além de figurino e trilha
sonora.

SINOPSE:

 

Na Hollywood do fim dos anos 1920, o astro do cinema mudo George Valentin vê sua carreira ameaçada com a chegada do som aos filmes. Ao mesmo tempo, ele se envolve com uma aspirante a atriz que começa a ver sua carreira decolar.

FICHA DO FILME:

 

  • Título original: The Artist
  • Diretor: Michel Hazanavicius
  • Elenco: Jean Dujardin, Berenice Bejo, John Goodman, James Cromwell, Penelope Ann Miller, Malcolm McDowell
  • Gênero: Comédia dramática
  • Duração: 100 min.
  • Ano: 2011
  • Cor: Preto e Branco
  • Classificação: Não recomendado para menores de 12 anos
  • País: Bélgica, França
CRÍTICA:


O Artista(filme de Michel Hazanavicious ) é um filme mudo, preto e branco e francês,mas trata-se de um exercício corajoso de ir em busca de um uma época, quase um mundo, tão distante, delicioso e que os espectadores de hoje, aparentemente, se esquecerem de celebrar.
O Artista é uma homenagem ao cinema, mas mais que isso, aos seus primórdios e ao choque da primeira revolução que ele sofreu e do quanto teve que ter coragem para sobreviver nesse novo mundo. É nesse cenário que O Artista apresenta o astro do cinema mudo George Valentin (Jean Dujardin),que acaba vendo todo seu estrelato em risco quando o cinema ganha voz e ele (assim como Charles Chaplin) prefere negar tal evolução, prevendo nisso o fim da arte.
O astro do cinema mudo George Valentin vai aos poucos sendo esquecido. Por outro lado, Peppy Miller (Bérénice Bejo), uma das estrelas do recém-criado cinema falado, não só conseguia fazer a transição como acabou se tornando umas das vozes desse novo cinema, já que, de participações apagadas e pontas, seu nome passa a crescer nos créditos e cada vez chegar ao topo.
O irônico disso, e o que carrega a trama de O Artista é que foi o próprio Valentin quem apostou nela pela primeira vez, uma relação que então cresceu nesse amor entre os dois, mas que se esconde pela ascensão e queda desses dois lados do cinema. Então,ela passa a tentar ajudar Valentin que parece cada vez mais rumar para um fim trágico.
A história de Michel Hazanavicious celebra aquele cinema que se emocionava a cada frame, que se permitia ser orquestrado ao vivo por um maestro e seus músicos, um cinema que sabia o perfeito significado da imagem,onde não existia pressa e seus astros e estrelas precisavam ser mais que bocas cuspindo diálogos. O Artista busca então o lirismo do próprio braço por dentro de um paletó fingindo ser a mão de seu amor, o mesmo lirismo dos olhares, dos gestos e da vontade de ultrapassar aquela enorme tela e chegar ao espectador.
A grande arma de O Artista não é homenagear uma época e um estilo, mas sim reproduzir e viver aquele momento mais uma vez. Desde as atuações sensacionais, a  fotografia e a direção parece que todos rumam juntos em busca de um grande filme mudo de 1929.
A seu modo, O Artista mostra então que é o melhor filme da década de 20 que Hollywood poderia produzir nos dias de hoje, e que, ironicamente isso só conseguiria ser feito com a sensibilidade dos franceses.
O diretor Hazanavicious foge então do incômodo que uma montagem característica da época pudesse trazer ao ritmo do filme, e então preserva o andamento muito mais graças a precisão de sua câmera do que por seus corte. Com planos longos e fixos, que até se deixam levar por certa liberdade de movimento, mas sem esconder a admiração do diretor pela incrível fotografia em preto e branco, tampouco pela recriação de época, igualmente sensacional.
E se, por um lado Hazanavicious imprimi essa montagem paralela nos momentos finais para enganar seu público com um momento deliciosamente mudo, mas que serve para criar todo suspense de um gran-finale.
O Artista é então esse capricho visual juntamente com uma trilha sonora que capta perfeitamente o clima clássico, sendo um exemplo daqueles filmes que impressionam.
cãozinho uggie do filme O Artista
E impressiona mesmo,com a incrível participação do cãozinho terrier do protagonista que inclusive rouba a atenção e muitas cenas do filme(como o próprio astro lembra, “só não é mais fofo por que não fala!”).
O Artista é sobre o cinema mudo e toda sua beleza e poesia.Mesmo com a evolução natural desse espetáculo tenta trazer de volta aos dias de hoje,um filme apaixonante, inesquecível e que representa muito mais que mil palavras.Vale conferir,não esqueçam da pipoca!!

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