Maus-tratos na infância podem provocar doenças!

Uma pesquisa realizada por cientistas de Genebra descobriu que os maus-tratos na infância são capazes de modificar genes que controlam o estresse na vida adulta e levar ao desenvolvimento de doenças.
Do estudo, participaram 101 adultos, todos vítimas de transtorno de personalidade limítrofe, também conhecido como "borderline".(Leia texto anexo:
O Transtorno de Personalidade Limítrofe (TPL), também muito conhecido como Transtorno de Personalidade Borderline (TPB),é definido como um grave transtorno de personalidade caracterizado por desregulação emocional, raciocínio extremista (cisão) e relações caóticas. Pessoas com personalidade limítrofe podem possuir uma série de sintomas psiquiátricos diversos como humor instável e reativo, problemas com a identidade, assim como sensações de irrealidade e despersonalização. Com tendência a um comportamento briguento, também é acompanhado por impulsividade sobretudo autodestrutiva, manipulação e chantagem, bem como sentimentos crônicos de vazio e tédio. Esses indivíduos são aparentemente vistos como “rebeldes”, “problemáticos” ou geniosos e temperamentais, no entanto, na realidade possuem um grave distúrbio. É frequentemente confundido com depressão, transtorno afetivo bipolar , sendo considerado um grave distúrbio que afeta seriamente toda a vida da pessoa acometida causando prejuízos significativos tanto ao próprio indivíduo como às outras pessoas. Frequentemente eles precisam estar medicados com algum tipo de medicamento como  antidepressivos para evitar um descontrole emocional intenso).

A equipe de pesquisadores observou uma porcentagem significativamente superior de modificação genética no DNA de indivíduos que sofreram maus-tratos, abuso físico,  emocional ou carência afetiva em relação aos que não sofreram tais situações.
As conclusões, publicadas na revista especializada "Translational Psychiatry", apontam que o estresse gerado por abusos provoca uma modificação epigenética do gene receptor de glucocorticóide que atua sobre o eixo hipotálamo-pituitária-adrenal.
Este eixo regula o controle de estricção, segundo os membros da Faculdade de Medicina da Universidade de Genebra e dos Hospitais Universitários de Genebra. E, quando ele é alterado, pode perturbar a gestão do estresse na idade adulta e causar patologias.
Os pesquisadores ressaltaram que, se os voluntários tivessem sofrido o impacto de outros traumas violentos, como uma catástrofe natural ou um acidente aéreo, os resultados seriam semelhantes.

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