Mais de 4,5 milhões assinaram petição contra lei que censura a Internet

Segundo o Google, mais de 4,5 milhões de pessoas assinaram a petição on-line contra os projetos de lei antipirataria Pipa e Sopa. O Twitter disse que mais de dois milhões de posts sobre o tema foram tuitados na rede e cerca de 90 milhões de pessoas pesquisaram na Wikipedia sobre o tema.
Outros quatro milhões usaram a ferramenta de busca que a enciclopédia on-line disponibilizou para encontrar contatos de congressistas norte-americanos pelo CEP.
Enquanto isso, quase meio milhão de pessoas curtiram o post de Mark Zuckerberg no Facebook. O fundador da maior rede social do mundo diz que vai se opor a qualquer lei que tente ferir a liberdade da internet.
Os protestos, realizados por dezenas de milhares de sites nesta quarta-feira (18/01/2012), minaram boa parte do apoio de congressistas aos projetos. Vários legisladores abandonaram e repensaram o suporte às leis que colocaram em lados opostos os interesses da nova mídia contra alguns dos mais poderosos interesses comerciais conservadores dos EUA.

 SOBRE SOPA E PIPA

O Stop Online Piract Act, SOPA, e o Protect IP. Act, PIPA, visam preservar os direitos autorais na internet. Mas, para muitos, acabariam com o conhecimento compartilhado da Web. 
Se fossem aprovadas, as duas leis obrigarão os sites de compartilhamento fiscalizar o conteúdo hospedado em sua rede. Assim, se um conteúdo estiver infringindo a lei de direitos autorais americana, o site que o abriga deve bloquear seu domínio, o acesso ao site, sua publicidade, pagamentos e conexões em cinco dias. Na prática, isso altera toda a lógica de compartilhamento utilizada até então, em que redes como Facebook, Twitter, Google, YouTube e Wikipedia possibilitam que o internauta tenha acesso a todo tipo de conteúdo gratuitamente.
Por exemplo, se alguém postar em sua página no Facebook algum vídeo com algum clipe ou show de determinado artista, a rede social pode determinar o bloqueio do usuário.
Além disso, as leis forçariam uma fiscalização mais rigorosa sobre o conteúdo que circular por essas redes – infringindo a privacidade dos usuários atuando como espécies de censores.
Apesar de se restringir aos Estados Unidos, as leis afetarão a Internet em todo o mundo. Isso porque os principais domínios da Web (.net, .com) e as maiores redes (Facebook, Twitter, Google, etc) são americanas e, portanto, respondem à legislação do país.

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