Solidariedade Humana em Alta na Internet

Internautas de todo o mundo recorrem cada vez mais à internet com o objetivo de angariar fundos para pagar cirurgias ou tratamentos médicos.
As campanhas ganharam força nos Estados Unidos e no Reino Unido, onde sites de doação como IndieGoGo ou JustGiving promovem a arrecadação de dinheiro para diferentes causas.
Um dos usuários que buscaram este recurso foi o americano C. F., depois de descobrir que seu plano de saúde não pagaria todas as despesas do tratamento de sua mulher, de 31 anos, diagnosticada com câncer do colo do útero em estágio avançado.
Por meio de um anúncio postado no IndieGoGo, para receber doações, ele começou a campanha "Salve uma vida: apoie o tratamento do câncer em estágio avançado de A. F.".
Já na primeira semana, conseguiu arrecadar metade da meta de US$ 30 mil. Após 45 dias, o casal recebeu US$ 35,7 mil de 339 pessoas, entre anônimos e conhecidos, que fizeram doações de US$ 5 a US$ 1,6 mil.
"O que estamos pedindo é uma ajuda para a nossa necessidade imediata", diz ele na página oficial da campanha. "Seu dinheiro não será usado para encontrar a cura para o câncer, mas para tentar curar o câncer da minha esposa".
O sucesso da campanha desta família é uma mostra de que a captação de fundos online, o crowdsourcing, está começando a se espalhar para a custosa área dos tratamentos de saúde.
"Acredito que este tipo de inciativa possa também fazer sucesso no Brasil", disse a diretora de marketing do site IndieGoGo.
De acordo com ela, dezenas de campanhas orientadas para a área da saúde tem aparecido no IndieGoGo nos últimos meses. Os motivos são variados, desde pequenas despesas médicas até transplantes.
 Iniciar uma campanha no IndieGoGo é gratuito. Mas o site leva cerca de 4% do dinheiro arrecadado. Se um paciente consegue arrecadar além da meta estabelecida, a comissão passa a ser de 9%.
De acordo com um dos criadores do site em 2008, quem decide se uma causa é justa e merece receber contribuição são os próprios internautas.
No entanto,é preciso interagir com o Facebook, Twitter e outras redes sociais para que a iniciativa tenha retorno positivo.
"A maioria não vai decolar sem o apoio inicial da família e dos amigos", afirmou. "Em geral, 80% das doações vem de redes de amigos. Os 20% restantes são doações de estranhos."
Outra campanha que chamou atenção é a da cachorra da raça buldogue Sweet Pea, de Iowa, levada para um abrigo com infecções na pele e nas orelhas. De uma meta de US$ 1 mil, foram arrecadados US$ 1,4 mil para custos com veterinário.
O site permite ainda que doadores que preferirem se manter anônimos tenham como acompanhar o que aconteceu com as pessoas que receberam as doações, depois das cirurgias e tratamentos, por meio de atualizações publicadas na página de cada um no próprio site.

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