Droga contra o melanoma reduz risco de óbito em câncer de pele avançado!

Uma nova era no tratamento de câncer de pele está sendo alardeada pelos médicos: um comprimido duas vezes por dia, que tem como alvo um gene defeituoso presente no melanoma (forma mais letal de câncer de pele) tem sido mostrado como maior descoberta em 30 anos para reduzir o risco de morte em quase dois terços em pacientes com a forma avançada da doença.
Este é um momento crucial. Sem dúvida os resultados deste estudo representam uma mudança no tratamento desta doença”, disse o pesquisador britânico James Larkin, do Royal Marsden Hospital, em Londres, ao jornal “Independent”.
Para o professor Richard Marais, do Instituto de Pesquisas de Câncer, primeiro a demonstrar a importância do gene no melanoma, esta é a maior descoberta no tratamento da doença em mais de 30 anos.
“Os resultados demonstraram pela primeira vez que uma terapia focada pode funcionar e mudar nossa maneira de tratar a doença “,disse.
A droga, chamada Vemurafenib (Lab.Roche, em parceria com a Plexxikon), é o primeiro tratamento personalizado contra o melanoma, desenvolvida para tratar cerca de metade dos casos da doença, os que têm o gene defeituoso, chamado mutação BRAF. As empresas devem pedir regulamentação do medicamento este ano.
Os testes de seis meses com o medicamento envolveram 670 pacientes nos Estados Unidos, Canadá, Europa e Austrália e mostraram aumento dos índices sobrevivência em 64% para os que fizeram quimioterapia convencional e de 84% para os que usaram a nova droga. A melhora foi tão dramática que, depois de três meses de tratamento, os pacientes do grupo de quimioterapia convencional tiveram oportunidade de trocar o tratamento para o novo medicamento.
A descoberta foi publicada no “New England Journal of Medicine” e apresentada no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia, em Chicago.